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11 de agosto de 2014

Conheça O Resgate da Índia, segundo Ricardo Cury

O Resgate da Índia em Brasília / Divulgação
A Mundo Eco procura apoiar e ajudar na divulgação de alguns projetos que buscam proteger o meio ambiente, com responsabilidade social e cultural. Desta vez, gostaríamos de apresentar o “O Resgate da Índia”.

Para conhecer mais sobre projeto, nada melhor do que o depoimento do próprio Ricardo Cury:

“Honrar, respeitar e agradecer a sabedoria dos povos originários, sua ligação com a natureza, suas raízes históricas e culturais, e integrar com amor, esta parte doída da história do Brasil, ligada com a dizimação das populações indígenas e africanas na colonização portuguesa.

Perceber a importância da energia feminina e resgatar a Presença Divina em cada um de nós para que uma nova consciência baseada no amor possa florescer no Brasil e em todos os lugares.

Depois de 11 dias seguidos no Centro-Oeste, 3º chakra do Brasil, chegamos bem na metade do Resgate da Índia. Até agora foram 17 rituais de Liberação que estavam já previstos no calendário e mais dois extras, um na Chapada dos Guimarães e outro na Chapada dos Veadeiros, em São Jorge, na Aldeia Multiétnica.

Depois desses dias no Cerrado, onde trabalhamos bastante as questões de 3º chakra pude perceber em mais profundidade como somos abençoados por conduzir um serviço espiritual e como não temos controle de nada. No fundo somos os mais beneficiados em todo esse processo.

Me sinto tão pequenino perto da grandeza desse país que estou percorrendo, comparado as lindas paisagens que a Mãe Natureza tem nos brindado em cada lugar que passamos. Compartilho com vocês minha alegria em poder testemunhar tantos milagres nessa etapa concluída do Resgate, e espero que a partir de agora possamos juntos adentrar em uma nova frequência, a do coração, do amor incondicional.

É essa vibração que tenho sentido todo o tempo e desejo que todos possam receber as bênçãos derramadas por Sri AmmaBhagavan e por todos os mestres de luz que nos acompanham nas Liberações!

Gratidão à todos os amigos que reencontramos e que fizeram parte desse caminho até o momento! E que venham novos reencontros para as próximas Liberações! Vamos sempre somando e integrando!

Gratidão infinita!

Muita luz e amor à todos!”

O Resgate da Índia conta com o financiamento coletivo, que vai só até dia 15 de agosto! Para colaborar com o projeto, clique aqui. Se a meta for atingida, os colaboradores receberão uma recompensa especial! Caso contrário, o dinheiro será devolvido.

Veja mais informações no site da Revista Mundo Eco.

1 de agosto de 2014

Carta Aberta do Movimento Pedala SP e da Ciclocidade

CONSIDERANDO que o Programa de Metas da atual administração, em sua meta 97, estabelece a implantação de uma rede de 400 km de vias cicláveis;

CONSIDERANDO a Carta de Compromisso assinada pelo então candidato à Prefeitura de São Paulo, o Sr. Fernando Haddad, em que se compromete a “aumentar em 0,25% ao ano o orçamento de transportes para a bicicleta, atingindo 1% até 2017”;

CONSIDERANDO a necessidade de priorização dos modos não-motorizados nas políticas públicas de mobilidade urbana, amparados pelo Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº 9.503/97), pelo Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) e pelaPolítica Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/12);

CONSIDERANDO as obrigatoriedades garantidas em inúmeras leis municipais, historicamente desrespeitadas, com destaque para as leis 10.907/90 (“Ciclovias em novas avenidas”), 13.995/05 (“Bicicletários em locais de grande afluxo”) e 14.266/07(“Sistema Cicloviário”),

CONSIDERANDO a construção coletiva de um novo Plano Diretor Estratégico (Projeto de Lei 688/2013), em que se estabelece os instrumentos e as diretrizes para o Desenvolvimento Urbano e o Sistema de Planejamento Urbano da cidade;

CONSIDERANDO a ausência de um instrumento previsto em lei que garanta recursos para infraestrutura cicloviária na LOA - Lei Orçamentária Anual.

Amparados e fundamentados por farta legislação e pelo interesse público em se promover o uso de meios ativos de locomoção na cidade - como pedestres e ciclistas - vimos solicitar ao relator do Plano Diretor Estratégico a inclusão de um artigo que garanta 10% dos recursos arrecadados pelo FUNDURB (Fundo de Desenvolvimento Urbano) para serem aplicados em obras do sistema cicloviário municipal, sem prejuizo ao orçamento dos demais órgãos da administração.

A nova redação sugerida ao PL 688/2013 (“Plano Diretor Estratégico”) é:

Capítulo IV - Do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano
Seção II - Das Destinações de Recursos
Novo artigo: Ao menos 10% (dez por cento) dos recursos arrecadados pelo FUNDURB deverão ser destinados para a implantação do sistema cicloviário municipal.

24 de março de 2014

Lenine percorre projetos socioambientais pelo Brasil em nova turnê

Lenine em Floresta Sustentável / Divulgação
Lenine dá início a uma turnê por 12 projetos socioambientais pelo Brasil para encontros com as comunidades, gestores, técnicos e, claro, para fazer o que mais gosta: música. "A arte é um instrumento de aproximação poderoso por uma sociedade mais justa, gosto de acreditar que a minha música vai além do que meramente canto", explica ocantautor, que também é botânico autodidata, colecionador de orquídeas (ou "orquidoido", como prefere) e apoiador engajado de grupos de preservação ambiental.

O cenário é uma criação do designer João Bird - que viveu e trabalhou durante 10 anos na Amazônia com organizações como WWF (World Wide Fund for Nature) e FSC (Forest Stewardship Council). O palco é um trançado de lonas de caminhão usadas, mangueiras de incêndio com validade vencida, ambas recicladas, além de estruturas de bambu. O espaço vai se transformando ao longo da turnê, sendo carimbado por cada projeto visitado.

Com sustentabilidade em cada detalhe, a camisa da turnê foi assinada pela designer Marceli Mazur, que desenvolve um trabalho social em comunidades do Rio de Janeiro, e batizou a peça de “Mãe Terra”.

Robson de Cassia, light designer com formação na escola francesa Scaenica, concebeu o projeto dos encontros com  tecnologia ecologicamente correta e inédita num show: a "Waka Waka", criada por um empreendimento social como solução para famílias que não têm acesso à eletricidade. A organização luta para abolir a pobreza energética em todo o mundo e desenvolveu uma das mais eficientes lâmpadas solares de LED, que provêm cerca de 16 horas de luz após um único dia de sol.

Para completar o projeto, entra em cena um outro modelo de iluminação, também abastecida por energia solar, a "N222 Huron", da Nokero. Como o próprio nome diz: Non Kerosene! Uma alternativa viável para substituir o querosene ou outros combustíveis nocivos que ainda são usados em lampiões nas regiões mais vulneráveis do mundo. Criadas como uma alternativa de alta tecnologia e baixo custo, essas fontes de energia sustentável prometem surpreender no palco.

O compositor é colaborador de grupos como o Witness (ao lado do músico e defensor dos direitos humanos Peter Gabriel), Rain Forest Alliance, SOS Mata Atlântica, WWF, Projeto Albatroz Brasil, Orquestra Sinfônica Heliópolis, campanha Ser Diferente é Normal, do Instituto Metasocial, entre outros projetos. Ainda no ginásio, Lenine começou a mergulhar com um colega chamado Cesar Coelho - que se tornaria um dos fundadores do Tamar e aproximaria o músico do projeto de proteção às tartarugas marinhas. "Acompanho tudo desde o começo, faço alguns vídeos promocionais e tenho uma certa culpa pela associação do Tamar com a música. Todo final de semana tem show nos principais polos do projeto, ideia maravilhosa do Guy Marcovaldi, totalmente apoiada por mim e por vários músicos".

Muito além de cada organização, Lenine conta que sua motivação são as pessoas. “Com o Sebastião Campello, por exemplo, já são 20 anos de admiração e parceria. Eu fiz parte do Movimento Pró Criança, no Recife e hoje eles estão sendo homenageados pela ONU e pelo Governo Brasileiro entre as instituições nacionais que mais vêm contribuindo para os objetivos de desenvolvimento do milênio.Recentemente, também, participei das comemorações pelos 40 anosdas comemorações pelos 40 anos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), em Salvador”, relembra.

Desde as primeiras composições, as questões sociais e ambientais estão presentes. Em Na Pressão tem “Relampiano” (Cadê neném? Tá vendendo drops no sinal prá alguém) e “Rua da Passagem” (Todo mundo tem direito à vida / Todo mundo tem direito igual), além de “Candeeiro Encantado”, do álbum O Dia em que Faremos Contato. Em Falange Canibal, Lenine indaga em “Ecos do ão”: “Mas se nós temos planos e eles são o fim da fome e da difamação, por que não pô-los logo em ação?”. Só no disco Olho de Peixe tem "O último pôr do sol" (A onda ainda quebra na praia / Espumas se misturam com o vento), "Miragem do porto" e "A gandaia das ondas". Mas nunca a natureza entrou na sua música de forma tão sorrateira quanto em Chão, em turnê pelo Brasil. Ao ouvir uma canção gravada em seu estúdio, ele percebeu que havia sido registrado também o canto afinado de um canário belga. Decidiu assumir o som na gravação, assim como é possível ouvir o coro de cigarras na Urca e outros tantos ruídos do seu cotidiano.

Programação LENINE – turnê “Música e Sustentabilidade numa só nota”

26 e 27 de março: “Centro de Referência de Esporte Educacional”, em Rio Grande
2 e 3 de abril: “Mantas do Brasil” em Santos, São Paulo
9 e 10 de abril: “Pé de Pincha” e “Bois Vermelho e Azul” em Parintins, Amazônia
15 e 16 de abril: “Caranguejo Uça” e “Projeto Diferentes Talentos” em São Gonçalo e Rio do Ouro, Rio de Janeiro
18 e 19 de abril: “Pesca Solidária” em Jericoacoara, Ceará
23 e 24 de abril: “Meros” em São Mateus, Espírito Santo
2 e 3 de maio: “Bichos do Pantanal”, em Cáceres, Mato Grosso
7 e 8 de maio: “Encauchados” em Rio Branco, Acre
3 e 4 de junho: “Comunidade Produção e Renda” em São Luis, Maranhão
6 e 7 de junho: “Cerrado Vivo” em Goianésia, Goiás.

Matéria relacionada:

Encontros Socioambientais com Lenine


21 de março de 2014

Levantamento da SOS Mata Atlântica indica a necessidade de cuidado mais efetivo com nossos rios

Por Cláudia Rocco.

Levantamento de água SOS Mata Atlântica


Um levantamento com a medição da qualidade da água em 96 rios, córregos e lagos de sete Estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica, revela uma situação alarmante: 40% destas águas apresentam qualidade ruim ou péssima.

Os dados, divulgados na semana em que se celebra o Dia da Água (22 de março), foram coletados entre março de 2013 e fevereiro de 2014 e incluem um levantamento inédito, que envolveu 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo, além de 15 pontos do Rio de Janeiro.

De um total de 177 pontos analisados, 87 tiveram sua qualidade da água considerada regular, 62 foram classificados como ruins e 9 apresentaram situação péssima. Apenas 19 dos rios e mananciais – todos localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas – mostraram boa qualidade. E nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.

Em porcentagem:

ÓTIMA
0
0%
BOA
19
10,73%
REGULAR
87
49,15%
RUIM
62
35,02%
PÉSSIMA
9
5,08%
TOTAL
177
100%









 Os melhores resultados foram obtidos em áreas protegidas, como alguns pontos da Bacia do Alto Tietê na Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos e no Parque Várzeas do Tietê. Em Minas, foi encontrada água com qualidade boa em Extrema, na APA Fernão Dias. E no Espírito Santo, também foi observada água com qualidade boa no município de Santa Teresa, conhecido como Santuário Capixaba da Mata Atlântica, que possui ricos ambientes biológicos como as Reservas de Santa Lúcia e Augusto Ruschi.

Já as principais fontes de poluição e contaminação são decorrentes da falta de tratamento de esgotos domésticos, de produtos químicos lançados nas redes públicas e da poluição difusa proveniente do lixo e resíduos sólidos descartados de forma inadequada nas cidades, além do desmatamento e do uso de defensivos e fertilizantes nas zonas rurais.

O pior desempenho de pontos próximos a grandes adensamentos urbanos fica evidente em um recorte que reúne as 34 coletas feitas pela equipe da SOS Mata Atlântica nas 32 Subprefeituras da cidade de São Paulo. O levantamento inédito, realizado durante o mês de fevereiro de 2014, apresentou os seguintes resultados:

ÓTIMA
0
0%
BOA
0
0%
REGULAR
6
17,65%
RUIM
20
58,82%
PÉSSIMA
8
23,53%
TOTAL
34
100,00%









Já os 15 pontos de coleta analisados na cidade do Rio de Janeiro durante todo o mês de fevereiro de 2014, em locais menos impactados pela urbanização, obtiveram um desempenho mediano, sem nenhum resultado péssimo, bom ou ótimo:

ÓTIMA
0
0%
BOA
0
0%
REGULAR
9
40,00%
RUIM
6
60,00%
PÉSSIMA
0
0%
TOTAL
15
100%


 Outro dado relevante no levantamento feito pela SOS Mata Atlântica é uma comparação de 88 pontos de 34 cidades nos Estados de SP e MG que haviam sido monitorados em 2010, na qual foi possível perceber que a quantidade de corpos hídricos em péssimo estado caiu de 15 para 7, enquanto o número de rios em situação ruim subiu de 18 para 29 e os rios em boas condições subiram de 5 para 15.

ÍNDICES
2010
%
2014
%
ÓTIMA
0
0
0
0
BOA
5
4,44
15
13,2
REGULAR
50
44
37
32,6
RUIM
18
15,84
29
16,7
PÉSSIMA
15
13,2
7
6,16
TOTAL
88
100%
88
100%










 Segundo os técnicos, um dos destaques positivos foi a cidade de Salto, no interior paulista, onde o ponto de captação saiu do regular (quase ruim) para bom, após ter sido realizado um programa de três anos de restauração florestal. Já o Rio Tamanduateí, que em 2010 esboçava uma recuperação após uma série de medidas de tratamento de esgoto, manteve qualidade péssima após uma nova onda de ocupações irregulares.

Portanto, a conclusão é um tanto quanto paradoxal, pois apesar de triste e preocupante, a situação é otimista, já que os resultados apresentados em 2014 indicam uma melhora significativa em relação ao mesmo estudo realizado em 2010, quando 15% das águas eram consideradas péssimas (hoje são “apenas” 7%). O aumento das águas ruins de 18 para 29%, só foi possível, pois o péssimo diminui. As regulares, por sua vez, diminuíram de 50 para 37% e 15% das águas foram consideradas boas, contra 5% em 2010.

Sim, a situação é complexa e confusa e ainda temos um longo, muito longo caminho a percorrer para chegar em um cenário perto do aceitável. Mas, são estudos como esse e participação social (veja mais em nosso site) que podem nos levar a isso!

O relatório completo com especificações de todos os pontos analisados e classificações de cada ponto em 2010 e 2014, além de gráficos comparativos, podem ser acessados em http://bit.ly/rios2014.

Vamos comemorar o Dia da Água, celebrado amanhã (22/3) com mais carinho e respeito?

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Ajude a cuidar melhor dos nossos rios
Chico Bento em: Embaixador da proteção das nascentes do Pantanal